segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Projeto na Amazônia - Bicharada





Essa é a Lully, batizada assim pela Rafaela, apesar de eu achar que ela tem cara de Janete. Nos encontramos na primeira noite, ela bem ativa. Achamos que ela iria embora, mas ela voltou e

 dormiu bem no pé da escada. Pela manhã ainda estava dormindo, e nos deu trabalho acordá-la. Aí sim, ela se foi, não apareceu mais.

Consultei a nossa bióloga, a Camila, especialista em animais peçonhentos da amazônia e ela prontamente classificou a Lully: trata-se de uma Oxyrhopus melanogenys, serpente não peçonhenta da família Colubridae, popularmente conhecida como "falsa-coral". Como ela ainda é jovem, ainda não apresenta os anéis semelhantes à sua prima, a coral, essa sim bastante "marvada"...




Dormindo na manhã seguinte.

Após as primeiras horas entendi que a grande possibilidade de acidentes com animais seria com os  insetos. É que a quantidade de abelhas, marimbondos, lagartas etc é muito grande. Esse bichão aí ficava sempre no vidro, do lado de fora da  janela. Depois entendi o que ele ficava fazendo lá: bebendo a água que respingava do ar condicionado.
Um ataque desse bicho garante duas picadas: primeiro a ferroada do bicho, depois a injeção de Fenergan (anti-inflamatório) que vítima vai ter tomar para minimizar as consequências.
A merda é que esse bichinho gosta de caminhar pelo chão. Não sei porque um bicho que tem asa pode gostar de andar. Aí ele entra pelas frestas embaixo das portas de casa e a gente acaba pisando nele no banheiro ou no quarto ao andar descalço. Houve um caso durante a semana passada, uma menina que mora na fazenda pisou em um. Resultado: duas picadas.
Um primo menorzinho mas não menos perigoso passeia pelo teclado.

Mariposa.
Na mata, borboletas, muitas. Difíceis de fotografar, por ariscas e pelo voo todo "errático".















 Cupins em árvore derrubada por nós. O teste de oco (procedimento que verifica se a árvore está oca) revelou a presença dos cupins, mas como um segundo teste feito a um metro e oitenta da base da árvore não indicou o oco, decidiu-se abatê-la. Realmente o ninho, apesar de enorme, não ia acima de 1,5m do tronco.

Insetos no motosserista. São principalmente pequenas abelhas, que vem atrás do sal do nosso suor. Mas tem marimbondo, moscas, etc etc etc. É tanto inseto que às vezes fica difícil conversar, porque os ditos entram pela nossa boca. O que alivia um pouco é a gente se manter em movimento. Repelente? Passei nos dois dias em que fui no mato e não pareceu fazer efeito...






Vocês se lembram daquelas toras da serraria? Olha o tamanho da infestação de cupins que passou a ocupar duas das toras, 3 ou 4 dias depois. Interessante que parecem ser dois tipos de cupins diferentes: um construiu seu ninho usando (me pareceu) a resina extraída da própria árvore. A ocupação vai partindo do meio para as bordas. Na outra tora, a aí embaixo, o bicho vai ocupando pelas beiradas, usando uma outra substância, marrom clara. Eu desmanchei os ninhos, mas eles se formaram de novo em dois dias.

Aí os bichinhos, depois que destruí o ninho.















1 comentários:

Rafhael disse... [Responder comentário]

A diversidade na Amazônia é fantástica!!!