domingo, 28 de agosto de 2011

Couchsurfing

Como escrito lá no início, esta foi a minha primeira viagem Couchsurfer. Uma espécie de test-drive, para vôos maiores, muito bem sucedida. Nosso hospedeiro ,Chris, nos proporcionou uma experiência couchsurifística completa. Buscou-nos no aeroporto, deu-nos todas as dicas necessárias, nos levou ao Valle Nevado (com direito a esqui emprestado) e depois levou a Bete e o Godoi de volta ao aeroporto. Sem palavras para agradecer o que ele fez pela gente. E estamos prontos para vôos maiores, agora. Abaixo, nossa confraternização: Chris, Paulo, eu e D Bete, Godoi e ... o sofá!


Santiago de Chile

Andamos muito por Santiago, mais de 8 km/dia. A pé, de metrô (6 linhas, a cidade é muito bem servida) e ônibus, a cidade é propícia para esse tipo de "turismo pedestre", e o clima, com uma temperatura entre 8 e 15 graus, ótimo para caminhadas. O lugar onde estávamos, estratégico, facilitou muito também. Abaixo algumas imagens recolhidas nessas caminhadas:

Pertim de casa, espiem que achado: botequim de primeira, é um bar tradicional do Chile, onde a turma perseguida se reunia na época do Pinochet. Hoje só atende com reserva, porque fica bem lotado. O dono, figuraça, chama todo os clientes de canalha.




Papo de canalhas...







Fomos a uma vinícola, Undurraga, nos arredores de Santiago. Recomendação do povo do CouchSurfing, era uma aposta, já que normalmente se visita as maiores, como Concha Y Toro. Como tinha também um trajeto muito bem descrito, com indicação detalhada de metrô e ônibus, resolvemos arriscar. Ótima escolha. Tinha um grupo de brasileiros por lá que tinha ido na Concha  y Toro e disseram que a visita à Undurraga foi muito melhor. O guia, essa figura abaixo, é um caso a parte: sujeito divertido a mais não poder, ainda ficava sacaneando o povo que tinha ido na Concha y Toro.





















Palácio La Moneda, reconstruído após o bombardeio no qual foi morto Salvador Allende.




 

















Prédio sede dos Correios. Está localizado onde havia a casa de Don Pedro de Valdívia, "fundador" do Chile, e marido de Inês del Alma Mia, personagem título de livro da Isabel Allende.














Museu do Chile.













Catedral de Santiago.

Imagem da Virgem, em cobre, de uns 4m de altura, linda.

Dom Pedro de Valdívia.

La Piojera, conjunto de bares no centro de Santiago.

Restaurante peruano. Há muitos em Santiago. Comemos um antecucho e matamos saudade da Cusqueña gelada.

Aeroporto.

El Mercadón!

Quem frequenta esse blog sabe da minha "ligação afetiva" com mercados. Considero estes lugares especiais nas cidades, por várias razões: normalmente são lugares muito bonitos, onde se come bem e barato, visitando-os se tem uma ideia do que as pessoas comem de melhor na cidade etc.
Então, não poderia faltar em nosso roteiro uma parada no Mercado Central de Santiago.

















É basicamente um mercado de frutos do mar. Tem outro prédio próximo onde estão as bancas de frutas, verduras e legumes, de muita qualidade, já que o Chile é grande produtor e exportador de frutas. Mas esse de cá é o que tem comida, então a visita foi bem mais aprofundada...
















Balcão com frutos do mar.















Caranguejo do Pacífico, pronto para ir à panela. Esse grandão aí, segundo o garçom, quando aberto dá mais de meio metro de envergadura, de uma pata à outra! Seria a nossa opção de almoço, se...

















não houvesse opção mais exótica: ouriço cru com ervas, prato típico da cozinha chilena. Muito gostoso, sabor bem exótico, pena que entre as ervas tinha coentro... já pensou que delícia, Tamis????

 Eita passeio bão, sô!





sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Nosotros em El Paro

Até ontem a tarde a estratégia de evitar “El Paro” (greve geral, protestos) e suas conseqüências vinha dando muito certo.

A idéia é não estar onde a confusão está. Assim, quarta fomos a la nieve, onde não havia sinal de protestos, um mundo de brasileiros e outros gringos se deliciando com el jielo.

Ontem fomos a Viña (del Mar) e Valpo (Valparaíso). Começamos por Viña, a uma hora de busão de Santiago, cidade turística beira-mar. Ótimo passeio, caminhadas pelo centro e pela praia, encerrando com visita ao museu Fonk, sobre os povos que aqui viveram antes da chegada dos espanhóis. Também nem sinal d’El Paro.

Perguntamos ao porteiro do museu onde pegava-se o ônibus para Valpo e o cara nos alertou sobre o Paro por lá. Questionamos porque, já que as duas cidades são emendadas, como Caraguá e São Sebastião por exemplo e em Viña estava tudo funcionando em paz. Ele disse que era assim mesmo, mas que se aquele fosse o último dia disponível para ir a Valpo, que fôssemos. Assim fizemos. Acontece que...

1) Valpo é o maior porto do Chile. Porto, mão de obra, sindicato, protesto.

2) O Congresso Nacional do Chile é em Valpo.

Ou seja, pegamos um ônibus e em dez minutos estávamos no meio de barricadas com fogo, gás lacrimogêneo, gente encapuzada jogando pedras e vários exemplares de uma espécie de Caveirão chileno encarando a turma.
A sorte foi que onde descemos ainda havia ônibus passando em s
entido contrário. Atravessamos a avenida e nos metemos no primeiro “autobus” que passou indo pro lado de Viña. Este passou por um bloqueio e acabou levando uma pedrada no teto, mas pelo que vi nem era endereçada a nós, mas a um semáforo acima.

Ou seja, fora os olhos ardendo um bocado, conseguimos nos safar bem.

Em Viña almoçamos, demos mais uma volta e pegamos o busão prá Santiago. Chegando em Santiago, outro stress: o trocador simplesmente saiu na porrada com dois sujeitos que desciam do ônibus, sabe-se lá porque. O motorista foi lá e apartou a turma, trazendo o sujeito de volta e partimos.
Perto de casa (que fica bem no centro dos protestos, ao lado da Universidade Católica) ainda havia restos dos eventos do dia, mas a atividade já estava encerrada.

Viña del Mar

 Como hay cachuerrones en esto país, my madrecita!
Sao grandes e gordos, alguns até com roupa, por todo lado, menos no Valle Nevado, claro.




 Pelicano.







 Produto de exportacao brasileiro...