sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Nosotros em El Paro

Até ontem a tarde a estratégia de evitar “El Paro” (greve geral, protestos) e suas conseqüências vinha dando muito certo.

A idéia é não estar onde a confusão está. Assim, quarta fomos a la nieve, onde não havia sinal de protestos, um mundo de brasileiros e outros gringos se deliciando com el jielo.

Ontem fomos a Viña (del Mar) e Valpo (Valparaíso). Começamos por Viña, a uma hora de busão de Santiago, cidade turística beira-mar. Ótimo passeio, caminhadas pelo centro e pela praia, encerrando com visita ao museu Fonk, sobre os povos que aqui viveram antes da chegada dos espanhóis. Também nem sinal d’El Paro.

Perguntamos ao porteiro do museu onde pegava-se o ônibus para Valpo e o cara nos alertou sobre o Paro por lá. Questionamos porque, já que as duas cidades são emendadas, como Caraguá e São Sebastião por exemplo e em Viña estava tudo funcionando em paz. Ele disse que era assim mesmo, mas que se aquele fosse o último dia disponível para ir a Valpo, que fôssemos. Assim fizemos. Acontece que...

1) Valpo é o maior porto do Chile. Porto, mão de obra, sindicato, protesto.

2) O Congresso Nacional do Chile é em Valpo.

Ou seja, pegamos um ônibus e em dez minutos estávamos no meio de barricadas com fogo, gás lacrimogêneo, gente encapuzada jogando pedras e vários exemplares de uma espécie de Caveirão chileno encarando a turma.
A sorte foi que onde descemos ainda havia ônibus passando em s
entido contrário. Atravessamos a avenida e nos metemos no primeiro “autobus” que passou indo pro lado de Viña. Este passou por um bloqueio e acabou levando uma pedrada no teto, mas pelo que vi nem era endereçada a nós, mas a um semáforo acima.

Ou seja, fora os olhos ardendo um bocado, conseguimos nos safar bem.

Em Viña almoçamos, demos mais uma volta e pegamos o busão prá Santiago. Chegando em Santiago, outro stress: o trocador simplesmente saiu na porrada com dois sujeitos que desciam do ônibus, sabe-se lá porque. O motorista foi lá e apartou a turma, trazendo o sujeito de volta e partimos.
Perto de casa (que fica bem no centro dos protestos, ao lado da Universidade Católica) ainda havia restos dos eventos do dia, mas a atividade já estava encerrada.

2 comentários:

Gustavo Ott disse... [Responder comentário]

Maurão, o tempo fechou e vc não fez nada!?? Nem gravou um vídeo para o YT!??
Esse povo filho de espanhol é muito bravo! Ou nos que somos muito calmos!
Toda briga que Bonita ve, ela lembra das encrencas que viu na Espanha!
Aproveitem!
[ ]'s

Lorena e Jeanete disse... [Responder comentário]

Caraca!!! Essa parada aí "El paro" deixou foi a minha mãe com o coração na mão kkkk... Só de pensar que voces estiveram nesse meio...
Que doidera!!!rsrsrsr